28 setembro 2007


Palavras em cima de palavras temperadas com mais palavras. E tudo isso pra demonstrar o que? Que o preto é o branco e vice-versa? E eu? Como me convencerei disso?


Quantas e quantas vezes defendemos arduamente uma idéia não só para convencer nosso interlocutor, mas para ver se nós mesmo não nos convencemos do que realmente dizemos. E o pior vem quando realmente acreditamos que o preto é branco e o branco é preto. Repetimos coisas na esperança que a exaustão as torne realidade. "Eu te amo". "Nunca te abandonarei". "Eu não tenho ciúmes". "Tu és o amor da minha vida".


Por mais ardoroso e cativante que seja um discurso, se o orador não sentir realmente suas palavras seus interlocutores sempre acharão que algo estará faltando e o discurso nunca terá uma penetração na mente das pessoas e somente os mais atentos perceberão que ele é falso.


De nada adianta falar, temos de sentir e fazer com que o sentimento nos invada e nos guie. As pessoas estão muito racionais, muito temerosas. Sejamos nós e apenas nós poderemos nos reprovar e nos envergonhar, nunca os outros, pois eles não sabem quem somos.