27 outubro 2008

Relacionamento não é uma coisa fácil. No início tudo são flores, mas com o tempo as agressões começam a acontecer, às vezes são verbais, há ainda as agressões verbais que de tão ofensivas, chegam a doer fisicamente, mas às vezes essas agressões são físicas de fato.
Como alguém consegue manter-se em um relacionamento com um "parceiro" que lhe agride? Como essa pessoa consegue dormir à noite na incerteza sobre sua própria integridade física?
Acredito que, algumas pessoas, assim como eu, veem o término de um relacionamento como um fracasso pessoal, é algo em que você investiu tempo e até mesmo se investiu em uma pessoa, mas que não deu certo. É a verdadeira falência de uma empreitada, mas até onde podemos fechar os olhos para uma coisa que já acabou? Até onde podemos carregar esse cadáver conosco?
Até onde nos limitamos pelo outro? Até onde nos submetemos à vontade do outro? Tudo bem que há relacionamentos que não são tão simples, pois envolvem filhos, dependência econômica, mas pra tudo dá-se um jeito, sempre haverá alguém disposto a nos acolher, a nos dar o carinho a que merecemos.
Mas estamos nós dispostos a abdicar do pouco que já temos para buscar esse algo a mais?

24 outubro 2008

É incrível como a gente consegue se habituar a uma pessoa. Quando se entra em uma bom relacionamento, essa pessoa começa a fazer parte da sua vida, você voluntariamente a inclui em suas atividades diárias, essa pessoa chega inclusive a se tornar parte da sua rotina, algo como almoçar juntos, ou telefonar depois de um dia de trabalho apenas para conversar, coisas simples mesmo, todavia, diante da quebra dessa rotina, esses pequenos hábitos tornam-se gigantescos.
Nunca pensei que um dia fosse sentir tanta falta de um abraço, ou de simplesmente olhar nos olhos com a cumplicidade de quem não precisa dizer nada para transmitir um pedido de colo ou o chamado para um beijo.
A solidão nos faz pensar, nos faz refletir, nos faz perder a razão tentando manter a calma. A sensação de abandono mantém-se mesmo na certeza de que a distância durará pouco tempo a saudade invade e não permite que eu me concentre em mais nada.
A despeito disso, o corpo reclama o carinho a que estava habituado e essa carência não é fácil de ser suprida. Não tem amizade, trabalho ou distração que supra o desespero por carinho que o corpo sente da pessoa amada, apenas um par de braços pode me causar arrepios, apenas um colo consegue tranquilizar meu sono, apenas um beijo consegue levantar meu ânimo.
Não tem jeito, ante a distância que nos separa, só posso ficar aqui chorando minhas mágoas, tentando ganhar a luta contra mim mesmo da falta que ela me faz.