13 fevereiro 2007

É impressão minha ou as pessoas estão se enjoando? Observo meus amigos e vejo a facilidade com que eles enjoam uns dos outros. Há uns que vocês vê uma vez por ano, e isso parece que lhes é suficiente, não prentendem nunca estreitar mais do que isso esses laços de muitos anos. Outros parecem ocasionalmente, fazem parte da sua vida por alguns meses e depois desaparecem como se nenhuma falta fizesse, como se vocês não fossem ligados.

Mas o pior caso estão nos casais. Esse instituto criado pela sociedade está cada dia mais decadente. As pessoas não conseguem mais ficar casadas, não conseguem mais nem manter um namoro. É impressionante a capacidade com que a sociedade adotou a ojeriza ao seu próximo. Seja através do caminho profissional que muda, ou dos próprios interesses mas, a minha geração sente uma necessidade inexplicável pelo novo. Não se contenta em aprofundar o que já conhece, tem uma sede em encontrar, ampliar, porém o verbo aprofundar não faz parte disso.

Entretanto, apesar de querer explorar, minha geração encontra-se presa a modelos tradicionais de vida. Quer casar, quer acomodar-se, quer segurança. Puro engano!!! É só chegar a esse patamar que a rotina bate e a ânsia por novidade é maior que a tradição. Uns acham que é preciso casar, ampliar o leque de amigos ou mesmo ser promovido no trabalho pra poder superar isso. Mas no máximo retarda o que parece inevitável pra minha geração: a mudança constante. Depois disso, muitos divorciam-se ou traem, isolam-se ou deprimem-se.

Somos seres em movimento, uma geração de energia que não agüenta a paz do cotidiano. Ou será que sou apenas eu que, parado no meu canto, vejo todos moverem-se tão rápido que me parece uma revolução na forma de convívio? Ou talvez seja eu que esteja conhecendo cada dia melhor a natureza humana e começo a ficar cínico em relação às tradições que tanto aprecio, ao romantismo que tanto me guiou, à vida que sempre almejei.

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