08 setembro 2006

Em um relacionamento sempre há aquele que ama e aquele que se deixa amar. Haverá sempre aquele que acha que o seu amor é suficiente para manter uma relação e aquele que ilude o primeiro fazendo-o crer no seu pseudoamor.
Amar é uma tarefa ingrata que precisa ser observada com calma e cuidado. Muitas pessoas enganam-se sobre o amor, nunca amaram, e já desistiram, por achar que ele não existe. Muitos adolecentes confundem sua iniciação na vida amorosa com o amor, desiludem-se por seu parceiro não corresponder às canções dos bardos que foram eternizadas pelos séculos e desistem do amor sem nunca tê-lo provado.
E quando vem uma pessoa que ama e sabe amar, elas não acreditam, preparam-se para serem magoadas, machucadas, feridas, traídas, não conseguem aceitar o amor e o sufocam, fazendo-o agonizar no coração do apaixonado.
E quando esse amor finalmente morre, ninguém sabe explicar o que ocorreu para que um casal tão romântico e apaixonado pudesse ter se separado, mas o que ninguém percebe também, são pequenas coisas, uma falta de atenção, uma idéia não compreendida, um dia mal-humorado, um carinho rejeitado, enfim, qualquer pequena mágoa, se muito repetida pode vir a destroçar esse amor no peito de quem ama.
E se num relacionamento o que ama já apagou a chama que arde sem queimar, então ele não poderá mais durar muito, as pessoas ainda se enganam, recordam-se ao passado, prendem-se aos filhos, mas no fim, a convivência torna-se insuportável. E quando isso se torna um hábito, ocorre em um namoro, em um noivado, ou em um casamento, com um amigo, com um familiar, ou até com um colega de trabalho, essa repetição torna as pessoas cínicas, e passam a não mais acreditar no amor.
Mas eu! Eu acredito em Papai Noel, em coelinho da Páscoa e no amor. Acredito piamente que mesmo com essas desilusões podemos amar, acredito que devemos nos permitir ser amados, acredito que não devemos ser hipócritas com o amor, e utilizá-lo só para uma conquista, para depois não mais senti-lo. Não, o amor deve ser cultivado, deve ser levado a sério, deve ser amado.
Por isso, escolhamos quem queremos ser: aquele que ama, ou aquele que se deixa amar.

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